segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Doce devaneio

Acordei atormentada, corria sobre os campos, não sabia pra onde ir, mas algo me levava.  E correndo com os pés descalços, uma luz insidia sobre minha vida, só eu a noite e aquela luz que me seguia. Não havia ninguém, só sei que algo me chamava e eu sentia um enorme anseio de correr atrás de algo que viesse satisfazer meu desejo. Corria intensamente, procurava por todos os lugares e não encontrava. Torturante. Então, parei, encontrei.  E dentro dos seus olhos eu vi os meus, a que belos olhos cor de mel eram os teus, então sentia a mais pura sinceridade e mergulhei, profundamente em um lugar em que ninguém poderia me encontrar. Não vi mais nada, apenas ouvi o som da voz que me guiava, inspirava, conduzia. Então prossegui. Era mês de maio, lindo presente recebera naquele dia... Linda, a espera de alguém, só não sabia quem a até tal momento. Só conheço os seus olhos. Uma felicidade tal qual eu nunca tinha sentido na minha vida, uma felicidade que não cabia dentro de mim, ao entrar naquele lugar estonteante, enquanto todos me olhavam, eu via cada olhar de a alegria expressa no intenso de seus corações. Senti passar um longa-metragem da minha vida naquele momento, comecei a perceber o motivo de estar ali, meu pai ao lado alto, impune, orgulhoso. Passava-me um ar de que eu havia feito todas as escolhas da vida exatamente como ele desejava. Enquanto cada passo que eu dava era uma vitória, estava chegando exatamente onde almejei a vida inteira. A roupa era branca assim como as nuvens do céu, tão branca que parecia algodão. Entregou-me, a espera ele me recebera com pressa, senti o toque de suas mãos sobre as minhas, suave como o orvalho que caía sobre aquela raminha verde onde o encontrei, pus as mãos bem devagarzinho, como uma flor,como um diamante, algo muito precioso. Levantei olhar e vi novamente aqueles mesmos olhos que vi pela primeira vez, na frente daquele véu que me torturava por não me deixar enxergar precisamente suas feições. Sim.  E a todos ficou explicito o que sentíamos um pelo outro, estava lá para sempre. Na alegria e na tristeza por todo o sempre. Sei que esta para mim, e eu para ti, conheço apenas teus olhos, então despertará, e vira até mim, e debruçarei em teus braços.




então um sonho escrevi.