domingo, 22 de agosto de 2010

se é que eu escrevo?

Hoje estive pensando há quanto tempo abandonei isso aqui, há quanto tempo deixei de pensar, de escrever. E passei a colocar coisas que outras pessoas escrevem isso é bom, claro! Mais não sinto que estou fazendo a minha parte.  Bom, então indaguei a mim mesma, escrever sobre o que? Qual tema? Política? Amor? Sentimentos? Não sei, há alguns dias estive me achando pequena demais para tentar passar algo para as pessoas, aquela historinha do grande e do pequeno, mais nesse momento não vem ao caso, deixa isso mais pro fim.  Bom, na minha mente nesse momento se passam tantas coisas, eu não consigo parar, para me focar em uma coisa só, é tanta informação, é tanta imagem, ai é muita coisa. É o que o capitalismo faz com as pessoas, enquanto estou escrevendo vejo uma janelinha laranja piscando e incomodando ( e o mouse parece automático, vai até ela atrapalhar meu raciocínio).Não que eu seja contra o capitalismo, ok, isso não vem ao caso nesse momento (também) . Escrever pra mim é como conversar comigo mesma, é uma maneira de refletir pensar mais na vida, e essa grande auto-critica esta a me prejudicar cada vez mais, e mais, e mais.  Então resolvi escrever o que pensar, até asneiras irei escrever. Como Luis Fernando Guimarães “Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo.” Não sei se consigo ser clara, se isso é tudo pura confusão, da minha insana cabecinha que não para de raciocinar e martelar várias coisas de uma só vez. É como se eu quisesse abraçar o mundo um os braços, quisesse não! Eu quero! Mania possessiva de quem só quer crescer, crescer, crescer. E pensar, pensar, pensar ...



deixem "o grande e o pequeno" e o capitalismo para traz.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

Fernando Pessoa